Redes do Bem: como redes sociais ajudam a manter a segurança dos alimentos

Redes do Bem: como redes sociais ajudam a manter a segurança dos alimentos

Você provavelmente usa as redes sociais para passar tempo. Para os órgãos de saúde pública e segurança dos alimentos um simples tweet pode ser uma peça fundamental para montar o quebra-cabeças de um surto alimentar.

Muitas vezes, quando alguém vai comer a um restaurante e fica doente, escreve sobre isso na Internet. Se houver um “pico” de publicações nos sites e nas redes sociais de pessoas com queixas de vômitos, diarreia ou outros sintomas de intoxicação alimentar, o sistema pode emitir um alerta para as autoridades de saúde. Os dados também podem ser enviados para hospitais, para estes se prepararem para a alta demanda de atendimento.

segurança alimentar

Para além de mapear os locais onde o surto já ocorreu, também se pretende criar um sistema de alerta precoce com esse mesmo método. O alerta precoce inclui várias redes sociais, até uma fotografia publicada no Instagram pode revelar maus hábitos alimentares nas refeições feitas em casa. Uma fotografia de uma carne mal passada pode ser o prenúncio de uma doença futura.

Outro foco deste tipo de monitorização é compreender os hábitos culturais alimentares que nos podem colocar em apuros. No ano passado, a FSA (Food Standards Authority), autoridade responsável pelo regulamento de normas alimentares nos Estados Unidos da América, emitiu orientações à população para parar de lavar a carne de frango crua antes de a cozinhar. Ao contrário da crença popular, esse hábito auxilia as bactérias a espalhar-se pela carne e aumenta a probabilidade de contaminação de quem a consumir.

Segurança dos alimentos

 

Na Inglaterra, o Twitter já foi utilizado para detetar focos de norovírus, que causa a “gripe estomacal”, duas semanas antes do departamento de saúde pública admitir a ocorrência do surto epidêmico. O software ainda analisou as hashtags mais utilizadas pelos doentes e descobriu uma série de surtos menores do mesmo vírus ao longo do ano. Se tratassem antes da contaminação espalhar, menos pessoas seriam afetadas.

Ainda que a tecnologia nos livre de uma passagem pelo hospital, façamos nós a nossa parte para a segurança dos alimentos: antes de cozinhar lave bem as mãos, não o frango!
Artigo originalmente publicado na minha coluna site Noctula Channel em 03/12/2015 e publicado aqui em 29/06/2022.
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