Como inovar e integrar idosos ativamente na sociedade? Esqueça a vovó tricotando e assistindo novela, ela tem energia de sobra para fazer a diferença.
Com o aumento da expectativa de vida no mundo, o Brasil começa a sentir os efeitos da senioridade que a Europa sente há anos. Portugal tem um encolhimento populacional preocupante. Nem a China escapou, haja visto que a política do filho único terminou. No futuro teremos mais vovó do que netos!
Por outro lado o culto à juventude continua, procurar emprego depois dos 50 é uma tarefa ingrata, um trainee com 26 anos é velho (sim, eu já vi isso acontecer!). Oras, como é que se pode ser jovem e experiente? O preço da experiência é o tempo para ter a vivência. Felizmente algumas empresas já acordaram para a vida e acenam para a mudança.
Pense num restaurante. Pense em comida gostosa. Tem comida mais gostosa que comida de vó? Um grupo de estudantes da Hogeschool de Roterdã, na Holanda, inovou ao colocar vovós para cozinhar num restaurante. O Oma’s Pop-Up (traduzindo do holandês, oma = avó), um restaurante temporário em Roterdã, conta com elas para para o preparo de pratos tradicionais da cozinha holandesa. As avós recebem um workshop com um chef e então preparam as refeições para os clientes. Uma iniciativa que promove a reintegração dos idosos na sociedade, a troca de experiências com os mais jovens e claro, refeições saborosas feitas com carinho.
No Brasil um empresário de Brasília lançou uma oferta de emprego para duas senhoras entre 60 e 80 anos para serem recepcionistas de seu restaurante. A repercussão foi tão grande que a seleção contou com mais de 500 candidatas. Por fim, 22 idosas foram contratadas, duas para a recepção e as demais para outros setores. Em troca, além de salário, o estabelecimento oferece “cadeiras macias e clientes dispostos a conversar”, mas a maioria delas não perguntou do pagamento, o que elas queriam mesmo era uma oportunidade de trabalho.
Agora, se quiser modernizar geral, você pode inclusive tornar sua vovó (ou vovô!) famosa publicando vídeos no Cook Mood, startup brasileira, que funciona no esquema de streaming de aulas de culinária. Ela faz a receita, você filma e as pessoas pagam pela aula, os valores começam em 5 dólares e são pagos via PayPal. Seria como um “Uber da cozinha”, pessoas comuns compartilham aquela receita que todo mundo adora. Segundo a fundadora, “o CookMood é empoderador e inovador. Qualquer um que saiba cozinhar pode ser um professor. A aula acontece na sua cozinha ou na cozinha que você quiser”. É ou não é cool?
Referências: Projeto Draft, UOL
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