O brasileiro consome em média 10kg de peixe por ano. Na América Latina o consumo de pescado deve crescer 33% até 2030. Imagine a quantidade de escamas de peixe que vai para o lixo.
Se depender dos pesquisadores da Universidade de Jadavpur, na Índia, isto vai mudar em breve. Eles desenvolveram um método para transformar escamas de peixe em pequenos geradores de energia.
Como isso é possível?
Para isso processaram as escamas cruas tornando-as limpas e então fizeram sua desmineralização, para torná-las flexíveis. Em seguida, anexaram dois eletrodos a cada escama antes de laminá-la. A célula resultante consegue colher energia do movimento ao redor, incluindo movimentos tão simples quanto os batimentos cardíacos.
No futuro esses nanogeradores feitos de escamas de peixe poderão ser usados em marcapassos, gerando energia continuamente a partir das próprias batidas do coração para a operação do dispositivo.
A premissa é simples: as escamas de peixe contêm fibras de colágeno que possuem uma propriedade piezoelétrica. Isto significa que uma à aplicação de um estresse mecânico gera uma carga elétrica como resposta. E o nanogerador aproveita esta propriedade.
Onde mais esses nanogeradores podem ser usados?
Eletrônicos comestíveis, dispositivos médicos implantáveis, portáteis e até mesmo celulares (telemóveis, em Portugal) auto-carregáveis são exemplos de uso em substituição à bateria.
Realmente, os peixes fazem muito bem à saúde, tanto a parte deles que você come quanto a que você não come!
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Referências: Article: High-Performance Bio-Piezoelectric Nanogenerator Made with Fish Scale; FAO, Physics World, India Today, Agência Brasil
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