Cerveja e inteligência artificial: combinação certeira

Cerveja e inteligência artificial: combinação certeira

Uma cerveja que fica cada vez melhor, é possível? É o que promete a IntelligentX AI Beer. A primeira cerveja produzida com uso de inteligência artificial promete revolucionar o seu happy hour. Conheça essa novidade aqui.

Diversas empresas aprimoram a inteligência artificial em suas operações, mas poucas conseguiram resultados tão animadores. Basta lembrar da experiência da Microsoft no início de 2016 com a Tay, um perfil adolescente no Twitter totalmente feito por inteligência artificial que desenvolvia seus conhecimentos pela interação com pessoas. Em menos de 24 horas ela estava publicando mensagens de ódio e se tornou racista e nazista. O Google também está usando, entre outras coisas, para aprender como nos dar melhores resultados nas buscas no site.  A novidade agora é o uso dessa tecnologia aplicada a coisas que a gente possa tocar e degustar. Que tal uma cerveja?

Esta foi a ideia da consultoria de inovação 10x e dos especialistas em aprendizagem automática (machine learning) da Intelligent Layer, de Londres. Eles compartilhavam o mesmo espaço de co-working e entre uma cerveja e outra, desenharam o plano. Após um ano de trabalho foi apresentada a IntelligentX AI Beer, uma linha de cervejas feita com inteligência artificial. Em vez de uma formulação padrão, a máquina aprende e melhora a fórmula constantemente.

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O aprendizado acontece quando o consumidor bebe a cerveja. Cada garrafa possui um código de acesso ao Facebook e o cliente é convidado a dar feedback sobre o produto. O software então passa a perguntar sobre gostos, características e pede notas de 0 a 10. A máquina altera a fórmula, mas ainda assim, a apreciação humana é essencial para descartar fórmulas ruins.

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Para simplificar, essa interação é o mesmo processo que ocorre hoje em análise sensorial com grupo de foco e análise estatística de resultados em pesquisa e desenvolvimento de produtos. Porém é automatizado e com ciclos de aprendizagem muito mais rápidos. Segundo os fundadores, é como colocar todos os consumidores junto do mestre cervejeiro e disso derivar novas formulações. O maior perigo está em como incorporar esses feedbacks todos. É possível manter um produto de características únicas ou logo teremos uma cerveja padrão comum que mais ou menos agrade a todos?

As cervejas já são vendidas em bares em Londres. E os planos das empresas envolvem aplicar a mesma tecnologia a outros produtos como chocolates, perfumes e cafés. Os códigos das receitas são todos abertos a quem se interessar. Será este o futuro do desenvolvimento de produtos? Fala-se também do risco da substituição dos homens por computadores, mas acredito em computadores que potencializem as competências humanas em vez de concorrer com elas. Sempre haverá espaço para o artesanal, mas por que não se render a uma cerveja computadorizada na próxima saída com os amigos? Certamente vai render boas discussões na mesa do bar.

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Referências: Fine Dining LoversEvening Standard, Fast Company, Wired, Revista Galileu

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