Provavelmente, se você frequenta bares, já deve ter visto esse grão como um acompanhante comum da cervejinha. Mas o tremoço é mais que um petisco, é também uma fonte de proteína alternativa versátil e saudável.
O tremoço não é tão popular no Brasil, ficando mais restrito ao petisco de boteco, mas na culinária de países europeus como Portugal, Espanha e Itália, eles são comumente consumidos em conserva como um lanche ou como acompanhamentos para saladas, massas ou molhos. Em resumo, eles são um tipo de leguminosa que vem da planta Lupinus, que é da mesma família de ervilhas, grãos de bico e lentilhas.
Porém, recentemente, percebeu-se que o tremoço é muito mais eclético e abre espaço para inúmeras possibilidades de criação de novos alimentos veganos e à base de plantas. Um dos primeiros usos do tremoço foi como farinha, que é naturalmente sem glúten e tem sabor semelhante à farinha de trigo integral. Sendo ainda mais nutritiva por conter pouco carboidrato, muita proteína e fibras.
Benefícios do tremoço
Mas, o valor nutritivo do tremoço vai muito além. Uma pesquisa da Universidade de Curtin, na Austrália, mostrou que os participantes que comeram alimentos enriquecidos com tremoço durante 1 ano experimentaram reduções na pressão arterial e diminuição dos níveis de colesterol LDL, o famoso “colesterol ruim”.
Só para você ter uma ideia melhor, aqui vai uma listinha com 5 benefícios do tremoço:
- Auxilia no controle dos níveis de glicose
- Favorece o ganho de massa muscular
- Regula o funcionamento do intestino
- Ajuda a controlar o peso
- Dá mais energia
No entanto, para nossa felicidade, o tremoço está sendo usado para produzir muito mais do que só farinha. Entre os alimentos já feitos a base dessa semente estão: salgadinhos, sorvetes, barras de proteína, queijos, hummus e até ovos.
Alimentos à base de tremoço: mais que um petisco
Sim, você não leu errado. Uma marca canadense chamada Nabati Foods desenvolveu ovos veganos feitos com tremoço e ervilhas, sendo livre de soja e de glúten. De acordo com o CEO da Nabati, Ahmad Yehya, é o tremoço que dá a consistência, gosto e textura certa ao ovo.
O sorvete feito com o tremoço também já é uma realidade. A empresa estadunidense Wicked Kitchen criou um sorvete que, tinha como ideia principal não ser uma escolha somente para veganos, mas sim para todo mundo que adora um bom sorvete, com variedade de sabores e bom gosto. E, ao mesmo tempo, usando o tremoço no lugar da proteína animal.
Em outras palavras, é um cenário que todos saem ganhando.
Até o queijo, que é considerado um dos alimentos mais difíceis de desenvolver uma alternativa saborosa sem a proteína animal, foi produzido com o uso do tremoço e agradou até os mais céticos. Que viram no uso do grão a chance de criar um queijo com sabor suave, consistência macia e cremosa.
Os snacks:
Como falamos no início, o tremoço é mais que um simples petisco, é uma fonte de proteína alternativa. Porém, para quem já conhecia o tremoço e o consumia como lanche e aperitivo, o leque de opções agora está bem maior. Em Portugal, por exemplo, a marca Tarwi desenvolveu um salgadinho que é muito mais rico em proteína do que as opções comuns presentes no mercado.
Ou se você é um entusiasta da musculação, vai adorar saber que as barrinhas de proteína feitas a partir do tremoço possuem valores de carboidratos super reduzidos e uma gama de sabores, como: pasta de amendoim, limão, coco e canela.
Ou seja, existem opções para todos os gostos e demandas, tudo isso criado com base nessa leguminosa que é consumida desde o Império Romano e está pronta para ganhar o mundo.
Fontes: VegNews, Público.pt, TrendHunter, HiperSuper.pt, FoodandNutrition.org, CurtinUniversity.edu, uol.com, r7.com, Lusíadas.pt, VegantCuisine
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