A criatividade humana não tem limites em se tratando de descobrir novos prazeres. A nova moda agora é cheirar pó, mas não é droga não, é cacau em pó. Isso mesmo, aquele que misturamos ao leite.
Inalar comida não é novidade, nós já falamos aqui e aqui sobre isso antes, porém a finalidade aqui é outra. O Willy Wonka dos tempos modernos é o chocolatier belga Dominique Persoone, da doçaria The Chocolate Line, que criou um pequeno kit para quem desejar cheirar o cacau em pó. O produto em si não é novo, ele o desenvolveu especialmente para uma festa dos Roling Stones em 2007 e jamais imaginou o sucesso que alcançaria. Ele já vendeu mais de 20 mil unidades.
Sua inspiração (perdão pelo trocadilho!) foi um objeto que seu avô usava para inalar rapé de tabaco. O aparelho é um atirador de chocolate que lança pequenas saliências de cacau em pó nas narinas do utilizador. Para isso ele utiliza um mix de cacau da República Dominicana ou do Peru com menta e gengibre ou framboesa.
Além desta, Persoone tem outras inovações em seu currículo, ele já desenvolveu chocolate com sabor de bacon, cebola, ostras e até mesmo grama (relva, em Portugal).
O pacote completo é vendido por 45 euros e já é exportado para diversos países. Os intusiastas afirmam que não causa vício e o criador assegura que o produto é seguro e que sua ideia não é fazer apologia às drogas, mas sim promover uma maneira divertida de saborear o chocolate. Ele diz também que a sensação de euforia é semelhante ao que se sente após um orgasmo e que não é nada parecido com a “brisa” das drogas.
Contudo, ainda não se conhecem os efeitos da prática e não há pesquisas sobre o impacto que isto causa no nariz e pulmões. Além disso, inspirar menta ou gengibre pode aumentar a produção de muco e provocar congestão nasal e tosse e ser especialmente perigoso para quem tem asma ou outras doenças respiratórias.
Já há alguns adeptos testando alternativas como cheirar manjericão em pó antes de comer tomate com mozzarella. Enquanto não se tem certeza dos efeitos, melhor consumir cacau em pó num delicioso brigadeiro. Não é?
Referências: ABC News, Digital Trends, Live Science, Reuters
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