A próxima promessa no universo dos super alimentos pode ser o leite de baratas. É altamente nutritivo e protéico, podendo ser um novo suplemento alimentar. É limpo e de origem controlada. Quais os riscos? Tudo isso a gente discute aqui no Eat Innovation.
“Super alimentos” são os que possuem elevadíssima concentração de nutrientes e este é o caso do leite de baratas. Cientistas do Instituto de Biologia de Células Estaminais e Medicina Regenerativa de Bangalore, Índia, descobriram as propriedades nutricionais desse “leite” inusitado.
Após dez anos de pesquisas o grupo concluiu que as baratas possuem em seus intestinos, pequenos cristais de proteína contendo quase quatro vezes mais valor energético que o leite de vaca. São fonte de aminoácidos essenciais, lipídeos e açúcares. Nestes insetos os cristais tem a função de armazenar energia vital para o crescimento celular. Por ter aparência semelhante, foi nomeado como leite, mas vale lembrar que apenas mamíferos geram leite real.
Ainda não se sabe se os efeitos do leite de baratas no nosso organismo serão os mesmos, porém o excesso de nutrientes no corpo humano também é nocivo. Então o produto seria indicado a pessoas com carências nutricionais ou para suplementação alimentar. Além disso, apenas as baratas do gênero Diploptera punctata, conhecidas como “baratas-besouro do Pacífico”, fêmeas, com cerca de 50 dias e prestes a dar cria possuem os cristais protéicos. Para a retirada dos cristais é preciso matar o inseto sem esmagá-lo, abrindo seu abdômen e conservando o material em pH neutro.
Os planos futuros envolvem definir a estrutura 3D dos cristais para tentar mimetizá-los em laboratório para não precisar de tantas unidades dos tão temidos insetos. Será que no futuro veremos nas prateleiras os whey protein serem substituídos pelo “barata protein”?
A pergunta que ainda paira no ar é: você consumiria um alimento sabendo que ele veio de dentro das baratas? Conte para nós nos comentários!
Referências: Sport Deluxe, Metro, Celeiro, Forbes, Popular Science, artigo “Structure of a heterogeneous, glycosylated, lipid-bound, in vivo-grown protein crystal at atomic resolution from the viviparous cockroach Diploptera punctata”
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