Se você é viciado em café e não resiste a um cafezinho gourmet, pode comemorar.
Já ouviu falar do kopi luwak? É tido como um dos mais caros e especiais do mundo.O quilo passa dos 1200 dólares! Seu processo de produção inclui passagem dos grãos pelo intestino do civeta. Mamífero parecido com algo entre um gato e um gambá, típico da Indonésia. O civeta come os grãos mais doces e maduros e depois que os defeca (foto abaixo) a bebida adquire sabores inigualáveis. A digestão e os microorganismos do intestino do bicho são responsáveis pela transformação. Isto faz com que este seja uma das bebidas mais caras e apreciadas no planeta.
Historicamente os civetas causavam perdas para a indústria cafeeira, pois se alimentavam da planta. Para evitar o desperdício, os cafeicultores passaram a coletar os grãos que saíam desses animais. Não se sabe exatamente porque, mas alguém experimentou a bebida feita com esses grãos. E desde então passou a ser uma iguaria disputada.
O lado negro desta indústria é que depois que descobriram essa “mina de ouro”, os pobres animais passaram a ser enjaulados. Forçados a comer e produzir mais, num processo que apelidaram de o “foie gras do café”. Uma alusão ao foie gras, produto apreciado na culinária francesa, em que gansos são forçados a comer e seus fígados incham de gordura, daí seu sabor intenso. Pensando nisso, dois cientistas franceses fundaram a Afineur e criaram um método que mimetiza as condições do intestino do civeta em laboratório. O resultado é um produto sem fezes, sem sofrimento animal e com preço em torno dos 100 dólares por quilo, bem abaixo do original.
E como o café é muito versátil, pode ser usado não só para beber, mas também para imprimir. Seus resíduos deram origem a filamentos para impressoras 3D. O material, da startup americana 3Dom, além de ser ecologicamente sustentável, também exala um agradável aroma enquanto a impressão ocorre.
Quem preferir algo mais prático e rápido, pode adquirir uma dose de café em pó. O princípio, como já falamos aqui é o de ingerir pequenas partículas contendo exatamente o que deseja. A empresa garante que o produto tem sabor, mas falta o prazer de fazer uma pausa no trabalho para um cafezinho, e isso não tem preço!
Referências: Revista Cafeicultura, Wired, Digital Trends, Geek
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