Carnes de todos os tipos, vitrine cheia de opções, balança. É um legítimo açougue (talho, em Portugal). Já imaginou se para tudo isso não fosse preciso matar nenhum animal?
A cada dia brotam novas alternativas à carne. O consumo de carne de vaca é o que mais impacta o meio ambiente. Por isso se incentiva a procura de novas fontes de proteína. Uma delas é a proteína de insetos, mas ainda há um longo caminho até à ampla aceitação da população.
Outra tendência é o aparecimento dos “flexitarianos”, que são os vegetarianos em meio período. Eles comem tudo menos carne e fazem mais refeições sem ela tanto por questões de saúde quanto por preocupações ambientais e com os animais. Surgiram diversas inovações sem carne, inclusive já existem alternativas como o açougue vegetariano.
Em 2014 foi inaugurado o primeiro açougue vegetariano do mundo, o De Vegetarische Slager, na Holanda, que atrai até hoje filas de clientes e curiosos. Tive a oportunidade de provar e o avanço na qualidade dos substitutos de carne é enorme.
Em Portugal foi inaugurada a filial do holandês, traduzido como O Talho Vegetariano, e inclui ingredientes portugueses como no croquete, feito de tremoços.
No Brasil o primeiro empreendimento do gênero demorou mais para chegar, veio somente no final de 2016 com o No Bones, que conta até com uma versão genuinamente brasileira de picanha com direito a ”capa de gordura” feita com um queijo vegano (quer saber sobre queijos veganos também, veja esse post aqui).
Em comum estes açougues partilham as muitas opções de substitutos da carne com texturas diversificadas, sabores elaborados e muitas opções de produtos.
A nova geração vegetariana se distingue das outras pelos produtos incrivelmente semelhantes aos originais animais, mas sustentáveis ambientalmente. Pensando bem, talvez não seja tão difícil assim viver sem carne.
Referências: Miss IT, Vista-se, Organic News Brasil
Originalmente publicado na minha coluna na revista i9 magazine em 03/10/2016 e revisado em 16/12/2017.
COMMENTS